As companhias aéreas de baixo custo são o melhor negócio para destinos na Europa? Sim, desde que se viaje leve e compacto! Quantos de nós já se arrependeram daquela viagem de regresso a Roma, anunciada pela módica quantia de 29 euros, que acabou por nos custar mais 30 euros por uma única peça de bagagem de cabine. Estas taxas suplementares permitem a várias companhias aéreas compensar o preço inicial do bilhete e são frequentemente consideradas injustificadas pelos passageiros aéreos e pelos legisladores. Será que um dia vamos poder arrastar a nossa pequena mala de rodas pelos aeroportos europeus sem que isso nos custe um braço e uma perna?
Será o fim da bagagem de cabina a pagar na Europa?
Uma nova decisão veio reacender este longo debate. No dia 24 de junho, a Comissão dos Transportes do Parlamento Europeu deu um passo em direção à possibilidade de a bagagem de cabine ser gratuita. Adoptou uma proposta destinada a garantir a abolição destes custos adicionais, sob certas condições. Isto significa que os passageiros poderão continuar a levar consigo uma pequena peça de bagagem (como uma mochila ou uma mala de mão) e uma peça de bagagem de cabina, desde que não exceda 7 kg e meça 100 cm de largura + comprimento + altura. A palavra “poderá” é utilizada no tempo condicional, uma vez que a aplicação desta medida ainda não foi confirmada.
A medida deparou-se com a desaprovação das companhias aéreas que operam voos na Europa, bem como com uma série de constrangimentos, nomeadamente ao nível do equipamento e das vendas. As companhias argumentam que não há compartimentos suficientes em certos aviões de médio curso e que a política low-cost está a ser posta em causa. Seja como for, esta medida tem de passar por várias etapas (votação no Parlamento Europeu e acordo entre os Estados Membros numa reunião do Conselho) antes de entrar em vigor, o que não deverá acontecer antes do final do ano!